Câncer de pulmão é uma enfermidade que ocorre quando as células originadas no pulmão crescem desordenadamente, e o corpo não consegue controlá-las. Ou seja, é uma doença caracterizada pelo crescimento celular descontrolado das células do pulmão. Normalmente, quando as células envelhecem ou saem do padrão de normalidade, há um processo natural de controle de qualidade programado para morte celular; quando esse processo não acontece, temos uma célula maligna (câncer).
Basicamente temos dois tipos de câncer de pulmão: o de pequenas células, que responde por 25%, e o de não pequenas células, que responde por 75% dos casos. Hoje em dia, sabemos que os de não pequenas células são subdivididos em subtipos moleculares (pelos menos 20 subtipos já identificados), que caracterizam várias doenças com distintos tratamentos.
O tabagismo ainda é o principal vilão dessa história (80% dos casos); porém, cada vez mais, temos visto pessoas que nunca fumaram desenvolverem essa doença. Na verdade, seria outro subtipo de câncer de pulmão.
Em geral, os sintomas estão relacionados a fatores locais (no pulmão) como tosse, falta de ar, dor torácica, pneumonia que persiste e não melhora, escarro com sangue e rouquidão.
O fundamental é NÃO FUMAR!
O tratamento pode contemplar: cirurgia, radioterapia e quimioterapia. O grande avanço foi a incorporação de novas estratégias chamadas de drogas “alvo molecular”, em que a droga atinge um alvo específico da célula maligna ou do processo que sustenta a malignidade (Target Therapy). Os exemplos são os inibidores de Tirosino Quinase – Tarceva, Iressa, Crizotinib e Afatinib, aprovados pelo FDA –, e também o inibidor da angiogenese (VEGF) – Bevacizumab. Temos ainda várias estratégias a serem aprovadas e, entre elas, a mais promissora é a Imunoterapia.
A grande novidade está no tratamento multidisciplinar, que foi um dos grandes avanços, ou seja, a soma de várias estratégias em conjunto. Além disso, destaca-se a personalização do tratamento, isto é, com drogas mais específicas ao mecanismo que sustenta aquela doença, mais eficientes e menos tóxicas.
Na maioria das vezes, a imagem por tomografia computadorizada, seguida de uma biópsia, define o diagnóstico. A Broncoscopia algumas vezes também consegue um bom rendimento diagnóstico.
Assim como todos os tipos de câncer, o de pulmão tem CURA. O grande diferencial é a fase em que fazemos o diagnóstico.
Sim, isso ocorre em até 20% dos casos.
Isso depende da região geográfica da qual estamos falando, mas normalmente é mais comum em homens, porque iniciaram o hábito de fumar antes das mulheres. O que temos visto atualmente é um aumento nos casos das mulheres, que passaram a adquirir os maus hábitos dos homens e passaram a fumar mais.
O câncer de pulmão nesse caso está relacionado ao tabagismo passivo no ambiente de trabalho, isto é, pessoas que não fumam, mas inalam a fumaça do cigarro de fumantes.
Com certeza! O risco vai diminuindo ao longo dos anos. Hoje em dia, temos estudos de diagnóstico precoce com TC de Baixa Dose, que reduz a mortalidade em 20% dos casos.
Eu diria que o câncer acaba se desenvolvendo por um erro genético, que pode ser herdado (minoria), ou pode ser adquirido ao longo da vida (maioria) por hábitos relacionados ao cotidiano das pessoas.
Procure um médico especialista imediatamente ao ter conhecimento dessa situação. Ele vai oferecer-lhe as melhores opções de tratamento para essa doença.