Alessandra Capute

Meu nome é Alessandra. Tudo começou em minha vida, em 2010, quando descobri que estava grávida de gêmeos. Tive uma gravidez saudável e feliz, mas o pior estava por vir.

Após o parto cesáreo, comecei a sentir alguns sintomas estranhos. Eu ia ao médico e ele achava que era em razão do aleitamento. Na verdade, era um linfoma não Hodgkin no mediastino, de 10 cm, que foi diagnosticado por um anjo, Dr. Fernando Vannucci, que, sensibilizado com minha história, me encaminhou a outro médico, Dr. Mauro Zukin. Até hoje sou paciente do Dr. Mauro e reconheço o carinho e a atenção que ele sempre dispensou a mim.

Foi muito difícil acabar de ser mãe e receber um diagnóstico como esse. Fiquei desesperada, arrasada, já que achei que não teria chance de sobreviver. Então, fui à primeira consulta com Dr. Mauro, que me mostrou uma luz no fim do túnel. A partir daí, travei uma batalha. Era dor, enjoo e sofrimento; tudo isso por não poder nem amamentar meus filhos. Mas resolvi lutar pela minha vida a todo custo. Olhava meus filhos e dizia para mim mesma: “Não vou morrer”.

Tive ajuda de muitas pessoas, entre eles, meu marido, que foi incansável. Pude contar também com minha família, minhas amigas Sheila, Luciana, Maria e Valéria, que cuidaram dos meus filhos como se fossem seus. Tive a sorte de encontrar tantas pessoas especiais a minha volta. Nem mesmo quando tive alta do CTI e recebi a notícia de que meu irmão caçula, de apenas 29 anos, havia falecido de leptospirose, eu desisti. Ao contrário, me senti uma rocha; quanto mais fazia quimioterapia, mais eu acreditava estar próxima da cura.

Após seis meses de tratamento e mais algumas sessões de radioterapia – era o dia 25 de junho de 2010. Não poderia esquecer essa data. Dr. Mauro, meu salvador, me deu a notícia de que eu estava curada. Lembro-me de que caí no chão, de joelhos, e agradeci a Deus por minha vida. Minha casa estava cheia como agora, por causa da realização da Copa, e todos choraram de emoção.

Hoje, meus filhos estão com quase cinco anos. Para quem achava que não ia vê-los crescer, hoje estamos crescendo juntos. Queria muito contar minha história para que todas as pessoas que estão passando por um momento igual a esse saibam que ele acaba e que depois é só felicidade.

Podemos, sim, vencer uma doença como o câncer. Após quatro anos e meio da descoberta da doença, precisamente no dia 4 de junho de 2015, terei alta e serei a prova viva do milagre e da luta pela vida.

Quero agradecer a todos, por termos sidos todos nós vencedores. Quero agradecer principalmente a DEUS, que esteve o tempo todo cuidando de mim.

A VIDA É PRECIOSA!
MUITO OBRIGADA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!